FRANCISCA PEREIRA FAZ TOW IN SURF NA LAJE DE JAGUARUNA




Na última sexta-feira, um grupo de surfistas, a convite da K38 Brasil, foi surfar na laje da Jaguaruna. A surfista profissional Francisca Pereira, atleta da Mary Jane, foi a primeira a surfar na laje, com ondas de até seis metros de face.A expedição foi formada por Marcelo Ulysséa e sua esposa Marcella, da K38 Brasil, pela surfista Francisca Pereira, pelos surfistas Saulo Lyra e Élcio da Luz, além de Álvaro Walendowski, fotógrafo da equipe, surfista e mergulhador experiente. Todos os participantes da session são Operadores de Embarcações de Resgate, habilitados pela K38 Brasil, e praticaram Tow-in com toda estrutura segurança que o esporte ne.Eles chegaram na laje por volta das 7h30min. e saíram apenas sete horas depois, quando a maré baixou. Foram utilizados dois jet skis na expedição, um para o Tow-in e outro para apoio e descanso dos atletas.Francisca foi a primeira mulher a surfar na laje e mesmo sem ter nenhuma experiência conseguiu pegar três boas ondas. “Fiquei muito feliz quando o Marcelo me ligou convidando para surfar na laje, sempre sonhei em conhecer esse lugar e fazer Tow-in e melhor ainda fazer isso com ele, surfista e wave patrol super experiente, fiquei bastante segura. Era tudo novo: o Tow-in, o tempo certo de entrar na onda, como segurar o cabo. Me cansei rápido, mas pude pegar três ondas e foi uma emoção. Saí da praia com vontade de mais”, conta.Saulo Lyra elogiou a colega e afirmou que “a Francisca mandou muito bem em seu debut na laje”. E Marcella da K38 Brasil explicou que é normal na primeira sessão de Tow-in a pessoa não conseguir surfar muitas ondas. Marcelo Ulysséa e Élcio da Luz também pegaram boas ondas durante o tempo em que estiveram na laje. Mesmo sem estar nas condições extremas de tamanho, a laje da Jaguaruna proporcionou um bom treino para competições de ondas grandes que estão próximas e para o inverno que promete boas ondulações para a prática do Tow-in.
Por Fernanda Garcez (divulação) e fotos de Álvaro Walendowski. e arquivo pessoal.
Francisca Pereira é patrocinada pela Maryjane shoes e wear e Russo Shaper

DIÁRIO DA FRANCISCA EM GALÁPAGOS - FINAL





01/07 Como vocês puderam acompanhar, nas colunas anteriores falei sobre minha viagem ao Arquipélago de Galápagos, no Equador. Fiquei um mês surfando, treinando, estudando a cultura, a geografia, geologia, fauna e flora do local.Por serem de formação vulcânica, isoladas do continente, e receberem correntes marinhas frias do sul do Pacifico e quentes do norte, estas ilhas são um palco de belíssimas formações geológicas, com vulcões ativos e inativos, e plantas endêmicas (como o cactos e outras espécies nativas que alimentam a fauna local).A fauna, também endêmica, tem os famosos piqueros de patas azuis (veja na foto), as tartarugas gigantes, as iguanas nadadeiras, pássaros diversos, pelicanos, pingüins, e os fofíssimos lobos marinhos que ficam surfando junto com a gente, ou ficam na praia tomando banho de sol, todos preguiçosos, conversando entre eles com um ruído bem característico e diferente!Muitas vezes, ficava à noite na praça do centrinho, em frente à praia onde ficavam os lobos marinhos dormindo, brincando, fazendo barulho, chega a ter mais de 100 lobos juntos, era uma “viagem” ficar ali com eles, de longe, só observando, integrada no mundo dos lobos.Esta foi uma viagem de paz, sossego e muito surf. Rolou surf todo dia, de 0,5 a 1,5 metro, nos diversos picos da ilha de San Cristóbal.O maior dia foi pouco mais de 1,5 que quebrou na Carola, uma direita forte, rápida e longa, surf de verdade, inesquecível esta onda, era o local que olhava logo cedo para ver como estavam as condições do mar.Outro local que surfei bastante foi no El Cañao, uma esquerda muito boa, quase em cima das pedras, formava um tubo mais no inside, e também só quebrava com ondulação de norte como a Carola.Nos últimos dias da viagem entrou um swell de sul e pude surfar a onda da Loberia, onda de pico que abria para os dois lados, bem na frente das pedras, ondas de drop forte, rápido, difícil e a parede proporcionava algumas manobras, muito show!Toda viagem é interessante, sempre conhecemos muita gente, muitos costumes diferentes, comidas típicas, língua nativa, e a paisagem que não sai da memória junto com a paz que eu trouxe deste lugar!Por Francisca Pereira . publicado no site www.maryjane.com.br

DIÁRIO DA FRANCISCA EM GALÁPAGOS 3





01/07
Santa Cruz é uma ilha vizinha à de San Cristóbal, onde eu estava hospedada. Fica a duas horas de barco. Santa Cruz é bem mais estruturada, mais populosa, com muito mais turistas pelas ruas, restaurantes, bares e lojas. É lá que as organizações WWF e Charles Darwin, por exemplo, têm suas sedes. Tem praias lindas, muitas iguanas, aves e campos de tartarugas. É o pólo mais agitado do arquipélago.Fui conhecer o Instituto Charles Darwin. É muito bacana, tem várias tartarugas gigantes. Neste instituto existe um trabalho muito sério de proteção às espécies de Galápagos, principalmente as tartarugas.Os ovos das tartarugas são coletados de várias ilhas e ali é feito um trabalho de criação e cuidado dos ovos. As tartarugas filhotes são cuidadas de dois até cinco anos, assim elas estarão mais protegidas do que se estivessem em seu habitat natural, depois elas são levadas de volta para a ilha da qual foram retiradas.Os animais invasores, trazidos pelo homem, como o cachorro e a cabra, por exemplo, são os maiores predadores da fauna e flora local. Eles ameaçam a vida e o equilíbrio deste habitat. Outra função dos institutos é a educação ambiental e conscientização da população na proteção dos animais, já que, em décadas passadas, no início do século, as tartarugas eram brutalmente mortas para uso de seu óleo, tanto quanto os lobos marinhos.Fui conhecer uma praia maravilhosa, chamada Baía Tortuga, linda, grande, areia branca, cheia de iguanas nadadeiras, passarinhos que comem bolachas em nossas mãos, pelicanos... Nesta praia rolam umas ondas, um beach break, mas que tem ondulação grande. Fiquei o dia todo por lá, curtindo, filmando, integrada ao local. O acesso para chegar é por um caminho feito para o turismo, de dois quilômetros, entre os cactos nativos.A maior aventura que eu fiz foi de bike, aluguei uma bicicleta e fui visitar dois lugares que normalmente se faz de carro, os campos naturais, onde se vê as tartarugas gigantes em seu habitat natural, e os buracos vulcânicos Los Gemelos. São crateras de mais de 100 metros de diâmetro, ficam no alto do morro, a uns 600 metros de altitude.Esta pedalada foi irada, de extrema resistência, não sabia que era tão longo o caminho, apenas fui indo com um mapa na mão, foram quase 25 quilômetros de pura subida, foram sete horas de passeio, sendo cinco só de subida. Choveu, me perdi, não chegava nunca, eu estava sozinha e pedia informações para as pessoas locais, mas cada um falava de um caminho diferente... Estava muito cansada, mas não desisti e consegui achar. Vi as tartarugas no campo natural. Elas eram tão grandes que de longe seus cascos pareciam pedras, foi incrível.Depois de mais umas subidas, encontrei Los Gemelos, um buraco vulcânico, outro local maravilhoso, de paz total!A volta foi tranqüila, duas horas descendo de bike, uma delicia!Este passeio, com certeza, vai ficar na minha memória, junto com toda a viagem!Por Francisca Pereira publicada no site http://www.maryjane.com.br/

DIÁRIO DA FRANCISCA EM GALÁPAGOS 2








jan/07
Nestas férias, estou viajando por Galápagos. Na coluna anterior, falei um pouco das ondas daqui, que são alucinantes. Já nesta coluna, vou escrever um pouco mais sobre o arquipélago.Galápagos é um local que nos instiga à pesquisa, além do surf, nas ilhas têm vários centros de pesquisa e interpretação.Longe da costa do Equador, 1000 quilômetros banhada pela corrente do pacífico, as ilhas inspiraram uma importante descoberta sobre a vida na terra, a teoria da evolução de Darwin, e continuam sendo um laboratório vivo para os cientistas atuais.Nas ilhas e na água, existem cerca de 9 mil espécies, sendo algumas endêmicas, isto é, que não se encontram em nenhum outro lugar, e outras espécies ainda mantêm as características pré- históricas.São cerca de 13 ilhas maiores e mais de 100 minúsculas, todas formadas por rochas vulcânicas subaquáticas de milhares de anos.As ilhas costumam receber cerca de 100 mil turistas por ano e mantêm uma população de 28 mil habitantes. Há mais de 40 anos, a WWF tem executado leis integrais de proteção à natureza para a conservação da cultura, flora e fauna das ilhas.Fui visitar alguns lugares interessantes aqui na ilha que estou, San Cristóbal; primeiro fui conhecer o vulcão que formou a ilha há milhões de anos, chamado de vulcão Junco. Atualmente, ele é um vulcão morto, não ativo, apenas uma grande cratera com um lago no meio. Fiz uma trilha por toda a volta na beira da cratera, ao redor do lago que fica mais abaixo. O local é muito agradável, várias nuvens passando, pois é alto; foi muito gostoso ficar ali alguns instantes, muita tranqüilidade e paz.Outro local que fui visitar chama-se La Galapaguera, um local semi-natural das tartarugas gigantes endêmicas de Galápagos.Neste local, há criação, estudo, e proteção das tartarugas gigantes, elas são realmente enormes, dóceis, de uns 80 anos, se alimentam de folhas, frutos e caules de uma planta super tóxica e leitosa.Aqui em Galápagos, quando não há ondas boas pra surfar, há muitos lugares para visitar.O naturalista Darwin formulou, a partir de pesquisas realizadas aqui em Galápagos, a teoria da evolução, mostrando que em diferentes tipos de habitat, de diferentes ilhas,a que uma mesma espécie de pássaro teria se submetido, no passado, fez com que ocorresse uma evolução da espécie em cada ilha, comprovando a teoria com os pássaros do presente encontrados nas ilhas, que se diferenciam apenas no tipo de bico, decorrente dos diferentes habitats e alimentação a que tiveram que se adaptar e evoluir.Como aqui tem pouca influência com o continente, dá para pesquisar e analisar a evolução das espécies, mais precisamente.No centro de interpretação que visitei, aprendi um pouco mais da história de Galápagos, que primeiramente foi colonizada por espanhóis, e também sobre a historia natural do arquipélago.A viagem continua.Na próxima coluna, conto um pouco mais das aventuras no arquipélago de Galápagos.Beijos!Por Francisca Pereira mateira publicada no site www.maryjane.com.br

DIÁRIO DA FRANCISCA EM GALÁPAGOS 1






jan /07 .Tudo começou quando ouvi a palavra Galápagos. Já sabia do potencial “surfistico” do local e também do potencial ambiental. O arquipélago de Galápagos pertence ao Equador. Recebe a ondulação de norte, que vem do Havaí, no Pacífico.Embarquei dia 27 de dezembro em São Paulo, com uma escala em Lima, no Peru, chegando em Guayaquil, no Equador. Tive que dormir uma noite na cidade e, no dia seguinte, embarquei para a ilha de San Cristóbal, em Galápagos.No hotel em Galápagos fiz amizade com muitos brasileiros que estavam lá hospedados; íamos surfar, conhecer a ilha, fazer os passeios turísticos, vulcão, mergulho...As ondas nos primeiros dias estavam pequenas, meio a um metro, sendo que aqui é um potencial surfístico, quando entra swell quebram ondas de até três metros. Surfava todo dia, fundo de pedra, onda rápida, com muitos lobos marinhos nadando e surfando junto.As ondas mais famosas aqui são El Cânon, uma esquerda rápida, com fundo de pedra e quebra na frente de uma costeira de pedras redondas, para entrar no mar tem que ser pela costeira, é meio perigoso, pois quando a série entra, bate forte na costeira e pode machucar. Outra onda que surfei, mas poucas vezes, pois só quebra quando as ondas estão maiores, foi a chamada Carola, uma direita perfeita, bem rápida e forte, numa bancada rasa de pedras.Os primeiros dias aqui foram tranqüilos e de adaptação, curti bastante! Na virada do ano, rolou uma cerimônia local, com queima de bonecos. Os equatorianos fazem uma festa diferente, eles constroem bonecos de papel, com algum significado pessoal, político, ou qualquer outro, e na virada do ano fazem uma fogueira para queimá-los, muito engraçado, todos curtem isso aqui.Galápagos está sendo inesquecível, dias lindos, amigos, muitos lobos marinhos, surf... enfim, está tudo correndo tranqüilo, só estou esperando a entrada de um grande swell, pois escolhi fazer esta viagem para treinar, surfar ondas fortes e diferentes do Brasil!Acompanhem o próximo diário de Galápagos!Beijos matéria publicada no site www.maryjane.com.br